Quarta-feira, 13 de Outubro de 2004
Como qualquer bom Toni, há que apanhar uns Bons Choques (mesmo BZZZZZ de 1000000 volts ou assim) até aprendermos a escrever sobre coisas decentes, e sobre as quais tenhamos um pouco de razão, e não escrever à toa senão depois tenho comentários destes:
" Pai Natal não é uma personagem fictícia; ele existiu, chamava-se Nicolau e tinha a fama de deixar presentes para os pobrezinhos às escondidas, nas suas meias toscas, postas a ecar na lareira. A Coca-Cola, no início do século passado teve a inteligência de criar um instrumento de marketing inteligente: um velhinho gorduxo, de barbas brancas e faces rosadas, reflexo da sua indumentária condizente com a marca. Porque, no fundo, é esse o avozinho que todas as crianças gostariam de ter. A publicidade serve-se de vários estímulos, do material ao sexual e o afectivo foi o utilizado pela CC. Por isso, pouco importa o tamanho do saco do senhor, ou a impossibilidade de dar a volta ao mundo numa noite. E o facto de ele andar num trenó puxado por renas é perfeitamente compreensível, visto que era e ainda é um meio de transporte muito usado na Lapónia. Ou no Pólo Norte. Ou nos arredores de Helsínquia(?). Afinal, de onde é o Pai Natal? Isso é que é um mistério por desvendar.
No que diz respeito ao coelho que transporta ovos, isso é uma metáfora hiperbólica da fertilidade. Ovo = vida; coelho = uma prol que se multiplica à velocidade da luz. A cultura cristã, que celebra a Ressureição, o regresso à VIDA, o RENASCIMENTO, pegou em símbolos pagãos que já estavam enraizados na Europa para passar a sua mensagem. Na verdade, a palavra inglesa para Páscoa já existia muito antes de Cristo ou vinda do conceito de Páscoa judaica. A sua raíz etimológica está numa deusa nórdica que era precisamente quem representava a fertilidade e a flora primaveril. Não é a toa que a Pásco se celebra na Primaver, quando tudo nasce ou renasce.
É, os cristãos foram sempre muito espertos em entrelaçar a sua cultura nas outras. A árvore de Natal também tem o seu quê. Mas isso são outros quinhentos..."
Diga-se de passagem que estiveste muito bem LU, e obrigado pela informação e pela crítica, ao fim ao cabo fui eu que a pedi não é? Dá para aprender umas coisas assim ;) continua a comentar e a ler, se quiseres claro...